Nesta rota que durou cerca de 4 horas, tivemos oportunidade de ver as famosas rãs Blue Jeans, assim designadas pelo facto de parecerem vestir calças de ganga :D Vimos algumas espécies de aves, que ainda não tinhamos tido oportunidade de vislumbrar. Encontrámos várias vezes as famosas cigarras e descobrimos um ninho numa rocha, com dois ovinhos, bem acessíveis a quem por ali passasse. Ainda pudemos apreciar um beija-flor no seu minúsculo ninho, o qual, com o nascimento das crias, se alarga à necessidade do espaço necessário para acolher a nova família. Este fenómeno acontece porque, de entre os materiais que este pássaro usa para a construção da "casinha", conta-se com o uso de teias de aranha, os melhores elásticos naturais :D
Lagartos, borboletas e libelinhas de várias cores foram dando o ar da sua graça durante o nosso percurso. Pudemos, igualmente, ver várias espécies de plantas muito importantes para o equilíbrio ecológico do bosque.








Acompanhados pelo guia, pegámos nas nossas lanternas e dirigimo-nos para a entrada da gruta. O guia avisou-nos para termos cuidado quando colocassemos as mãos nas paredes, por causa dos animais venenosos. O risco não era tanto o das picadas ou mordeduras, mas sobretudo o de distraidamente levarmos as mãos à boca. Isso sim, era arriscado. Alertou-nos para a existência de uma grande concentração de morcegos e o uso das máscaras tinha o propósito de nos proteger do cheiro das fezes. Disse-nos que iríamos provavelmente encontrar aranhas-escorpião. Segundo ele, as mesmas são inofensivas, apesar de impressionarem a vista.
Uahuuuu, tudo escuro e a única fonte de luz , a das nossas lanternas. E de repente, sentir a água a entrar para o interior das nossas botas. Percebemos rapidamente o porquê da necessidade de levar uma segunda muda de roupa. Quais gotas, lol!!!
A gruta parecia-nos um autêntico labirinto. Sem o guia, acho que nunca teríamos encontrado a saída. O capacete foi um autêntico salva-vidas. Protegeu-nos de sair de lá sem cabeça. O ter de atravessar passagens super estreitas, de lado e a roçar o corpo todo nas paredes ou então de cócoras, com os joelhos a tocar no chão e a coluna completamente encaracolada, sería uma tarefa impossível de se fazer sem este artefacto miraculoso.
Tivemos de escalar uma parede, muito maior que nós, sem qualquer apoio, porque a passagem tinha obrigatoriamente de fazer-se por aí. Chegámos a uma nova passagem estreita e com água a tapar metade das paredes e uma enorme aranha-escorpião, mesmo à entradinha. Parecia que estava à nossa espera.

De novo baixar, enrolar a coluna e desviar o mais possível o corpinho deste impressionante aracnídeo. E novamente a água a subir o nível. Desta vez pela cintura, nada mau :P

Ainda dentro das grutas, pudemos observar a famosa formação rochosa designada por "A Papaia", uma parede de coral e uma zona de sucalcos no chão que nos oferece a ilusão de que se trata de uma cascata.
Saímos de dentro das grutas ofegantes, mas com a sensação que tinhamos passado 1 hora em cheio, 1 hora de pura adrenalina. Simplesmente adorámos :D.



1 comentário:
Tenho estado a ler esta bela descrição da vossa viagem. Ando com imensa vontade de ir à Costa Rica.
Mas digo-te que a descrição desta visita à sgrutas arrepiou-me tanto... Brrrr! Acho que era incapaz de lá ir! Pouca luz, muita água, aranhas escorpião...??? No way!!! lol
Enviar um comentário